Como eu disse acima, sete papas residiram em Avignon no século XIV. O papas que residiram na cidade francesa foram Papa Clemente V, Papa João XXII, Papa Bento XII, Papa Clemente VI, Papa Inocêncio VI (o papa que aparece no livro 1356, que falei acima), Papa Urbano V e Papa Gregório XI. Quando esse último resolveu reaver o trono de São Pedro, em Roma, houve uma grande crise e, por um tempo, chegou a haver um Papa em Roma e um em Avignon. A situação só foi resolvida em 1417.
Para chegar em Avignon a partir de Nice pode-se usar trem ou ir de carro. De trem TGV fica entre 25-45 euros o trecho por pessoa (olhei em maio de 2014). Sei que tem aeroporto em Avignon – o Caumont, mas não chegamos a olhar valor de passagem.
Bom, nós
optamos por ir de carro e por não passar pela autoroute A8, que é mais rápida, então a viagem foi bem mais longa, mas em compensação é mais bonito e não pagamos pedágio – cerca de 20-25 euros o trecho.
Quando deu 13h comecei a morrer de fome e decidimos parar em algum lugar para
almoçar. Aqui em Nice, a maioria dos restaurantes fecha às 14h e abre novamente
– para comida – apenas às 19h. Como não sabíamos se em Avignon seria assim
também, achamos melhor parar em algum lugar e garantir o almoço. Com essa parada para almoçar, a viagem acabou atrasando mais ainda (não que estivéssemos com pressa ou com horário para chegar).
Acabou que
paramos em uma cidadezinha chamada Lambesc. Só que demoramos demais para parar e eram 14h15. Assim como em Nice,
os restaurantes lá fecham após almoço. Por sorte achamos um que ainda servia comida
após 14h. Caso queria dar um passeio de carro pelo interior da Provence, sugiro
parar para almoçar antes desse horário, se quiser maior variedade de
restaurantes! A cidade é bem pequena mas muito simpática. Todas sexta de manhã
tem uma feira numa das ruas da cidade. Quando chegamos a rua ainda estava
fechada, mas a feira já tinha acabado, então não sabemos de que é, mas
conhecendo essas feiras do interior da França, deve vender desde comidas – como
vegetais frescos – até alguns artesanatos. Andamos pela cidade quase toda em
meia hora e seguimos para Avignon.
Se você
quiser almoçar no caminho, saiba que não é necessário entrar em alguma cidade
para isso. Na estrada mesmo tem alguns restaurantes bem simpáticos, inclusive
com comida de fogão a lenha (se você
ler feu de bois em algum lugar, pode
saber que é fogão a lenha)!!
Como eu disse, a estrada fora da autoroute é linda. Vale a pena passar por lá, caso esteja com tempo. |
Chegamos em
Avignon já no meio para o fim da tarde, passamos no hotel e fomos para o centro
histórico. Apesar de estarmos de carro, não fazíamos ideia de como seria
estacionar lá dentro. Se seria fácil, caro demais ou se sequer haveria alguma
vaga. Por isso, quando a recepcionista do hotel nos deu um papel com os
horários dos ônibus, decidimos deixar o carro no hotel. O ônibus para o centro
histórico sai da gare TGV (estação de
trem) da cidade. Ficamos um pouco perdidos lá e acabamos pegando um outro
ônibus que não foi o indicado no hotel, mas não fez muita diferença. Depois
descobrimos que não era um ônibus e sim um trem que deveríamos ter pegado.
Então caso for fazer esse trajeto, saiba que você deve ENTRAR na estação e
comprar o ticket lá dentro.
Do lado de fora da estação TGV em Avignon. |
Entrada principal da cidade histórica. |
Muro da cidade para evitar invasões em tempos de guerra, na era medieval. |
Todas as
atrações fecham por volta de 19h (Palais
des Papes, Pont de Saint Benezet,
etc) então só rodamos pela cidade para conhecer sem entrar em lugar nenhum específico.
Pessoal se apresentando em frente ao Hotel de Ville (prédio adminstrativo do governo), na Place de l'Horloge. |
Checando se não tem nenhum arqueiro inglês à vista! :P |
À noite, comemos no Restaurant Le Lutrin que é o restaurante
do Hotel Palais des Papes e fica bem
perto do palácio mesmo. Recomendo
muitíssimo o restaurante!! Sério! O valor não é tão diferente dos outros
lugares (apesar de não ser barato) mas a comida é sensacional! Mesmo para o inverno é
uma ótima pedida pois o interior do restaurante é muito aconchegante. E peça a sopa de cebola. É simplesmente divina!
E isso porque eu não gosto de cebola, mas imagina uma sopa coberta por pão francês, muito queijo e levada ao forno! Pois é, vale a pena!!
Queríamos
descobrir os valores do estacionamento para tentar ir de carro no dia seguinte.
Eis que descobrimos que na Île de Poit
– a ilha que tem no meio do rio Rhône
– tem estacionamento grátis. Pois é.
Vale a pena ir de carro e deixar lá. Depois você atravessa a ponte a pé e em
menos de 5 minutos está na muralha da cidade.
Como vimos
em alguns blogs que valia a pena fazer um piquenique na orla do Rhône, na Île
de Poit, no sábado passamos em um Carrefour para comprar umas comidas e tomamos
nosso café da manhã/almoço lá. Vale a pena viu? Recomendo!
Essa foi a vista que tivemos durante o café-da-manhã/almoço. |
De lá fomos
fazer os passeios obrigatórios que eram, entrar no Palais e subir na Pont Saint
Benezet.
Como o post já ficou gigante, vou deixar os outros passeios, incluindo o palácio, para o próximo, senão ninguém ia querer ver até o fim! hehehehe
Não percam porque o palácio é sensacional!
Até a próxima pessoal! =)
*Viagem feita em maio de 2014
Partimos para a ponte, que era no nosso caminho para o interior das muralhas – favor não confundir o nome do santo com o Ebenezer Scrooge do livro do Charles Dickens. O tempo todo fiquei lembrando do rabugento personagem e chamando o santo de Ebenezer!
Voltando ao assunto, na entrada da ponte podemos pegar audioguias de graça, mas não achei tão
interessante quanto o do palácio. Ainda assim aconselho pegar. Podemos
ouvir várias versões da música da Ponte – Sur
le Pont d'Avignon, uma música popular francesa e é
uma fofura, como vocês podem conferir abaixo!
Antigamente a ponte tinha 22 arcos e agora restam apenas 4. |
Beleza de rio! |
Não percam porque o palácio é sensacional!
Até a próxima pessoal! =)
*Viagem feita em maio de 2014
Amei, amei, amei!
ResponderExcluirLinda as estradas arborizadas, a cidade; enfim, tudo!
Tem algumas coisas que quero provar: esta sopa de cebola, o creme brulée, croissant, macaron da Ladurée, crepe Suzete...rsrs. adorei ler o post! Beijos.
Nossa Socorro, a sopa de cebola é sensacional!! hahahahaha
ExcluirFiquei com vontade de conhecer!
ResponderExcluirEu gostei! Mas acho que fui com expectativas tão altas que acabei me decepcionando um pouco. Mas vale a pena demais, pela importância histórica dela! E o palácio dos Papas é incrível!
ExcluirSó tenho duas palavras: MUITA INVEJA!! rsrsrs
ResponderExcluirAinda dá tempo de vir!! hehehehehe
Excluir